IMPACTOS DA POLÍTICA PÚBLICA DE INCENTIVO À PRODUÇÃO DE LARANJA NO SUL DO ESPÍRITO SANTO
DOI:
https://doi.org/10.54682/ier.v.15.p66.75Palavras-chave:
citricultura, polo de fruticultura, Caparaó, produçãoResumo
Entre 2002 e 2008, a área cultivada com laranja, em Jerônimo Monteiro, foi reduzida devido à erradicação das lavouras, resultado da
disseminação da doença conhecida como pinta-preta, causada pelo fungo Guignardia citricarpa, até então sem controle. Em 2010 foi criado o Polo de Laranja da Região Sul-Caparaó, política pública que teve como objetivo difundir cultivares copa e porta-enxerto, expandir a área cultivada, ampliar a oferta da fruta para 11 meses e atender o mercado interno e os programas de comercialização. Objetivou-se com este estudo verificar os resultados, os impactos da política pública e as perspectivas da atividade ao sul do Espírito Santo. Em 2022, entrevistas estruturadas foram realizadas com 38 citricultores dos municípios do Polo de Laranja da Região Sul-Caparaó. Os dados foram analisados quanto à frequência das respostas obtidas. Foram distribuídas 85 mil mudas a 300 agricultores. A difusão das cultivares copa resultaram na ampliação da oferta de laranja para 12 meses, sendo os meses de maior oferta entre maio e setembro. O limoeiro ‘Cravo’ foi o porta-enxerto mais utilizado pelos citricultores e, em menor escala, a tangerina ‘Cleópatra’ e o citrandarim ‘Riverside’. Os entrevistados somaram 59 ha com laranja, com produção de 3,4 mil t. Prevaleceu entre os entrevistados pouco conhecimento sobre citricultura orgânica, agroecologia e produção integrada. Estima-se que a metade da laranja produzida ao sul do Espírito Santo foi consumida no mercado local. Quase 95% dos entrevistados comercializaram as laranjas sem beneficiamento. Os entrevistados tinham, predominantemente, mais de 46 anos de idade. Havia pelo menos uma mulher e um jovem em 41,6% e 27% das propriedades, respectivamente. Os resultados evidenciam os avanços da citricultura ao sul do estado com a política pública de incentivo à atividade. Contudo, ainda há gargalos técnicos, econômicos e culturais que precisam ser mais bem examinados e corrigidos pelo setor público.
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